Estudo da análise da eficiência de passarelas para a redução de atropelamentos: Anel Rodoviário BH-MG
O tema Segurança viária tem sido colocado como uma das principais pautas de saúde pública em todo o mundo, e tem se tornado alvo de diversas ações e programas, devido a representatividade dos sinistros de trânsito dentre as principais causas de mortalidade. Dentre os tipos de sinistros, o atropelamento representa a segunda maior parcela de óbitos na malha rodoviária federal do País. Portanto, os elementos de segurança viária têm papel fundamental para reduzir o conflito entre pedestres e veículos.
Entre algumas medidas utilizadas para reduzir os atropelamentos em rodovias, as telas antiofuscantes servem como canalizador do fluxo de pedestres, forçando-os a realizar a transposição da via pelo local adequado (faixa de pedestres e/ou passarelas), além de minimizar o ofuscamento do condutor pelos faróis que vêm do lado oposto da pista.
Sob essa perspectiva, o estudo realizado tem por objetivo avaliar os índices de sinistros em dois trechos contíguos de uma mesma rodovia, em locais ‘com’ e ‘sem’ a presença das telas antiofuscantes sob passarelas. Os resultados mostram que este elemento pode reduzir significativamente o número de atropelamentos.
A fim de suprimir tal comportamento, os elementos de segurança viária como gradis e telas antiofuscantes têm papel importante pois funcionam como canalizador do fluxo de pedestres, conduzindo-os aos pontos adequados de travessia (faixas de pedestres, passarelas e passagens subterrâneas) e impedindo-os de cruzar as vias de modo inadequado. Por exemplo, Torquato (2011) relata que a utilização de gradis e barreiras junto as travessias ajudam na eficiência destes dispositivos. Tendo em vista o papel importante destes elementos, o presente estudo visa a análise de atropelamentos próximos a passarelas, a partir de três indicadores diferentes, de dois trechos do Anel Rodoviário de Belo Horizonte – MG com e sem a presença telas/gradis, e sua relação com os sinistros ocorridos em ambos os trechos. Com isto, pode-se verificar preliminarmente qual é a eficiência destes elementos, em termos quantitativos, e o potencial de redução do número de atropelamentos quando as passarelas são implantadas conjuntamente com gradis/telas que impedem a travessia de pedestres em nível.
Conclusão:
O número de atropelamentos é significativamente maior nos trechos sem as telas antiofuscantes (que no caso servem como gradis). De modo geral, pode-se concluir que a implantação de gradis, ou qualquer barreira física, que obstrua ou até mesmo dificulte a travessia de um transeunte sob passarelas em uma via de trânsito rápido, como no caso do Anel Rodoviário, pode trazer uma redução de mais de 50% dos atropelamentos com vítima. Sugere-se, como trabalhos futuros, a análises destes atropelamentos em relação aos dados de pontos de embarque e desembarque (PED), polos geradores de viagem lindeiros à rodovia, além do perfil de usuários atingido pelos atropelamentos, a fim de, traçar soluções mitigadoras além das melhorias nas travessias de pedestres.
Este artigo foi desenvolvido por:
- Frederico Rodrigues
- Vagner Stefanello
- Pedro Henrique Cardoso
- Igor Jackson Arthur Costa e Souza