Estudo avalia a evolução da mobilidade nas principais capitais do mundo.

Estudo avalia a evolução da mobilidade nas principais capitais do mundo.

Estudo avalia a evolução da mobilidade nas principais capitais do mundo.

As mudanças de comportamento causadas pela pandemia do COVID-19 continuam reagindo ao longo do tempo. As drásticas mudanças no volume de deslocamentos, produziram um efeito colateral  positivo nas principais cidades do mundo em termos de redução da poluição, que caiu para níveis pré-industriais, conseguindo assim, emergir e vislumbrar um cenário urbano mais limpo e sustentável. Outros fatores de grande impacto na redução dos deslocamentos foi o aumento do tele-trabalho ou home office e o ensino à distância causados pela necessidade do distanciamento social. Estas medidas também ajudaram a reduzir o volume de veículos nas ruas e ajudaram a estabelecer novos rumos para o futuro da mobilidade. Em um estudo realizado pela Kantar – Empresa líder mundial em dados, foi identificado duas grandes forças que irão fundamentalmente moldar o futuro da mobilidade urbana. 

A primeira são as consequências do trabalho remoto. A necessidade de trabalhar e estudar de casa sãos os maiores responsáveis pelas mudanças causadas na mobilidade. Entre as 9,5 mil pessoas entrevistadas em 13 capitais avaliadas, 65% trabalham em formato home office e cerca de 50% planejam continuar trabalhando à distância, mesmo com a possibilidade de voltar aos escritórios a curto e médio prazo.

Em São Paulo, a maior cidade da América Latina por sua vez, 69% dos entrevistados tem  chance de trabalhar em seus lares, terceiro maior número entre as capitais avaliadas, e 52% planejam continuar assim. Mumbai, na Índia, é a cidade com porcentagem mais alta de profissionais trabalhando de casa (84%), seguida de Nova York (70%). Nesses locais, 57% e 46% da população, respectivamente, planejam continuar neste regime no futuro. Pequim, na China, e Berlim e Munique, na Alemanha, são as cidades com menor número de pessoas trabalhando em casa: 45%, 56% e 59%, respectivamente.

Com mais de dois terços da cidade em regime de home office, esses causaram uma significativa redução no turno de viagens diárias.

Deste modo, a segunda força é a mudança para o transporte sustentável. Devido as mudanças de rotina, o estudo apontou também um crescimento no uso de meios de transporte sustentáveis, como o transporte ativo. O principal benefício destes meios de transporte são o aumento geral da saúde e bem estar da população e consequentemente cidades mais limpas e inteligentes.

Dentre estes meios sustentáveis de transporte o ato de caminhar lidera o ranking, junto das opções como bicicleta e patinetes, crescendo 3%. Na Europa, este número é maior, com: 4,8% de crescimento no período da pandemia. Nos Estados Unidos foi registrado um menor impacto de meios de transporte sustentáveis, com um crescimento de apenas 0,6%.

Outra tendência apontada pelo estudo é uma maior adesão a utilização de meios sustentáveis para realizar viagens curtas. As pessoas aderem se deslocar por meios mais saudáveis em média até 15 minutos do raio de suas casas, para atividades como compras de mercado, por exemplo.

Já o principal meio de transporte, o carro, ainda é o maior desafiante em relação à mobilidade. O aumento da preferência ao uso de carros continua crescendo e as cidades precisam se atentar à infraestrutura e à correta divisão sustentável dos diversos modos de transporte, seja no controle de tráfego intenso ou quanto à emissão de poluentes.

Destaca-se que estes dados são também corroborados por uma pesquisa feita pela Imtraff em 2020, que mostrou que, entre redução de uso do transporte coletivo, e aumento do uso do trabalho remoto, o resultado será positivo. Veja aqui os resultados desta pesquisa.

Ao todo, o estudo avaliou as tendências de mobilidade urbana em 13 cidades: Berlim, Pequim, Mumbai, Bruxelas, Chicago, Copenhague, Londres, Madri, Milão, Munique, Nova York, Paris e São Paulo. Você consegue acesso ao material completo aqui. 

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